Os alunos da nossa Escola receberam seus óculos após exame oftalmológico. Cada criança pode escolher o modelo da armação e a entrega causa-nos alegria, pois o desempenho de cada um nos estudos melhorará consideravelmente.
"O principal objetivo da educação é criar homens capazes de fazer coisas novas, não simplesmente de repetir o que outras gerações fizeram, homens criativos, inventivos, descobridores" Piaget
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
Oficina sobre Indisciplina
Os professores
tiveram a oportunidade de refletirem e discutir sobre um tema que é considerado
forte, importante, entretanto, perigoso. E foram momentos de crescimento, onde
ficou claro que as práticas pedagógicas atuais muitas vezes estão aquém do que
os alunos esperam e precisam e que indisciplina tem causas e variadas que a solução
é “reinventar” a própria atuação do professor com novas formas de “gerir a sala
de aula”. Isso é possível, basta ter força de vontade, trabalho em equipe e
foco e energia naquilo que realmente vale a pena.
A Vice Diretora
Dulce compartilhou um vídeo do Professor Celso Vasconcellos – “Gestão de Sala
de Aula” – que provocou a reflexão do grupo de Docentes, onde é abordado que a solução
da indisciplina está nas mãos do professor, na sua mudança de postura, deixando
em segundo plano questões secundárias que não são possíveis ser resolvidas pelo
professor.
Os professores
foram divididos em grupo e responderam às seguintes perguntas: O que é
indisciplina? Causas prováveis? Possíveis soluções? E a partir daí as reflexões
aconteceram.
Confiram:
Entrega de Óculos
Na última
sexta-feira, dia 05 de outubro aconteceu a entrega de óculos para as crianças que
precisam desse importante recurso. Após passar por avaliação oftalmológica e
escolherem pessoalmente suas armações chegou a hora de colocar o tão esperado
óculos. Confira mais esse momento em nossa Escola.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Formação AEE
A professora Francinete deu uma
Oficina sobre fundamentos da Educação Especial, Função do A.E.E. (Atendimento Educacional Especializado) e esclarecimentos
sobres as deficiências atendidas pela Sala Multifuncional.
O trabalho da professora é com
alunos com deficiências e com dificuldades de aprendizagem e a professora
trouxe esclarecimentos e estratégias sobre Mitos e Verdades na prática
pedagógica para alunos com deficiência e momentos de reflexão com o objetivo de
repensar sobre tais práticas.
Foi dado mais ênfase ao trabalho
com alunos com deficiência intelectual que são maioria em nosso atendimento.
sábado, 1 de setembro de 2012
Como se livrar da indisciplina I
Qual é a causa do mau comportamento? Como pais, alunos e professores podem trabalhar juntos para contornar esse entrave da boa Educação
"Mau comportamento pode ser um jeito de as crianças mostrarem que uma regra é desnecessária ou não está funcionando"
A garotada voa pelos corredores, conversa em sala, briga no recreio, insiste em usar boné e em trazer para a sala materiais que não são os de estudo. A paciência do professor está por um fio. Cansado e confuso, ele se sente com os braços atados e a autoridade abalada. Não suporta mais as cenas que vê e não sabe o que fazer. Quer obediência! Quer controle! Quer mudanças no comportamento dos alunos!
Para ter uma turma atenta e motivada, a primeira mudança necessária talvez esteja nos pais, na escola e nos professores. É hora de rever a ideia de indisciplina e o que há por trás dela. Pesquisa realizada por NOVA ESCOLA e Ibope em 2007 com 500 professores de todo o país revelou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala de aula. Doce ilusão! O comportamento inadequado do aluno não pode ser visto como uma causa da dificuldade para lecionar. Na verdade, ele é resultado da falta de adequação no processo de ensino.
Para avançar nessa reflexão, é preciso entender que a indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra.
- O primeiro são as morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos. Por exemplo, não xingar e não bater. Sobre essas, não há discussão: elas valem para todas as escolas e em qualquer situação.
- O segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Aqui entram as que tratam do uso do celular e da conversa em sala de aula, por exemplo. Nesse caso, a questão não pode ser fechada. Ela necessariamente varia de escola para escola ou ainda dentro de uma mesma instituição, conforme o momento. Afinal, o diálogo durante a aula pode não ser considerado indisciplina se ele se referir ao conteúdo tratado no momento, certo?
Saber como o ser humano se desenvolve moralmente é essencial para encontrar as raízes da indisciplina. Antes de entender por que precisam agir corretamente, as crianças pequenas vivem a chamada moral heterônoma, ou seja, seguem regras à risca, ditadas por terceiros, sem usar a própria consciência para reelaborá-las de acordo com a situação. Por exemplo: se elas sabem que não se deve derramar água no chão, julgam o fato um erro mesmo no caso de um acidente. Nessa fase, a autoridade é fundamental para o bom andamento das relações.
Por volta dos 9 anos, abre-se espaço para a moral autônoma, quando o respeito mútuo se sobrepõe à coação. Mas a mudança não é mágica. O cientista suíçoJean Piaget (1896-1980) questionava a possibilidade de a criança adquirir essa consciência se todo dever sempre emana de pessoas superiores. Assim, é possível dizer que a autonomia só passa a existir quando as relações entre crianças e adultos (e delas com elas mesmas) são baseadas, desde a fase heterônoma, na cooperação e no entendimento do que é ou não é moralmente aceito e por quê. Sem isso, é natural que, conforme cresçam, mais indisciplinados fiquem os alunos.
Sim, a atuação docente inadequada em sala é outra causa da indisciplina. "Embora os professores anseiem por uma solução, acham-se perdidos por não poder agir com a rigidez de antigamente, que permitia até alguns castigos físicos", afirma Áurea. A autoridade do professor perante a classe só é conquistada quando ele domina o conteúdo e sabe lançar mão de estratégias eficientes para ensiná-los. Se não, como bem descreve o psicólogo austríacoAlfred Adler (1870-1937), a Educação se reduz ao ato de o aluno transcrever o que está no caderno do professor sem que nada passe pela cabeça de ambos. "O resultado é o tédio. E gente entediada busca algo mais interessante para fazer, o que muitos confundem com indisciplina. A escola é, sem dúvida, a instituição do conhecimento, mas é preciso deixar espaço para a ação mental da turma", afirma Luciene Tognetta, do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Unicamp.
Olhar para a sala de aula tendo como base essa concepção de indisciplina faz diferença. Os benefícios certamente serão maiores se houver o envolvimento institucional. Por isso, o trabalho exige não apenas autorreflexão mas também formação e esforço de equipe. Para transformar o ambiente, o discurso tem de ser constante e exemplificado por ações de todos
Não. Se a repreensão funcionasse, a indisciplina não seria apontada como o aspecto da Educação com o qual é mais difícil lidar em sala de aula, como mostrou outra pesquisa, da Fundação SM, feita em 2007 com 3,5 mil docentes de todo o país. Até mesmo os alunos acreditam que o problema vem crescendo. Em investigação feita em 2006 por Isabel Leme, da Universidade de São Paulo (USP), com 4 mil estudantes das redes pública e privada de São Paulo, mais de 50% deles afirmaram que os conflitos aumentaram mesmo nas escolas que estão cada vez mais rígidas. "O problema é que as intervenções são muito pontuais e imediatistas. O resultado é uma piora nas relações entre alunos e professores e, consequentemente, no comportamento da turma", acredita Adriana de Melo Ramos, do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Moral (Gepem), da Unesp, campus de Rio Claro.
Nos próximos itens, apresentamos soluções para os professores encaminharem o problema. Não se trata de um manual de instruções. As questões ligadas à indisciplina são da natureza humana. Portanto, complexas e incertas. Esse é um ponto de partida para quem convive com o problema. Para se sair bem, é preciso estudar muito e sempre revisitar o tema.
Erro comum em regimentos escolares é situar regras morais e convencionais num mesmo patamar. "As morais merecem mais atenção", afirma Telma Vinha, do Gepem da Unicamp. Já as convencionais estão mais ligadas ao andamento do trabalho. Ao distingui-las, você será capaz de interpretar melhor uma transgressão e, assim, encaminhá-la adequadamente.
Não mentir é um exemplo clássico de regra moral. O princípio ético em jogo, nesse caso, é a honestidade. Trata-se, portanto, de um preceito inegociável. Quando algum aluno mente, a solução passa por uma boa conversa - prática imprescindível já na Educação Infantil. Desde essa fase, é importante explicar para a criança como se sente o colega que foi enganado e mostrar que isso é errado. Pergunte: "E se fosse com você?"
Regras convencionais, por sua vez, têm seu fundamento na negociação e na clareza de definição. Tome o exemplo da conversa. Mesmo numa sala que está barulhenta porque os jovens realizam um trabalho em grupo - e em função disso trocam ideias sobre um tema proposto -, o silêncio será necessário em algum momento. É preciso estar acertado que, quando um aluno ou o professor precisarem da atenção, o grupo deve parar para ouvir o que será dito. Também são consideradas regras convencionais não usar boné e ir para escola sempre de uniforme. Nesse grupo, entram imposições que em nada afetam o processo de ensino e aprendizagem. Há escolas em que o uso do uniforme é uma questão de segurança, pois ele permite identificar quem é ou não aluno. Em outras, isso pode não ser necessário. No caso do boné, é difícil encontrar uma justificativa válida, motivo pelo qual a regra é tão contestada. Normas desse tipo precisam de constante revisão e discussão.
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